Pesquisar este blog

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Conversando sobre Namoro Cristão (parte II)

Namoro iniciado por atração física:

2Sm 13: 1-15 – Tamar e Amnom.

- Cara, mas isso não foi um namoro.

Você tem razão caro leitor. Isso foi o que se chama de uma ficada mal sucedida.

- Como assim?

Vamos olhar com calma a história do depressivo Amnom. Pobre, coitado. Era apaixonado por Tamar, que nem sabia que ele existia. Ela era muito bonita e virgem, segundo o texto. O cara tava verdadeiramente sofrendo de amor por sua meia irmã, a ponto de despertar pena de seus amigos, vendo que ele estava tão abatido e deprimido. Ou seja, o cara tava sofrendo de amor, amava tanto a Tamar a ponto de ficar deprimido. Talvez se fosse hoje teria que ir a algum psicólogo, fazer terapia ou precisar de ajuda de pastores e líderes.
O que o cara fez. Ele estava apaixonado. Logo, fez de tudo para ter sua amada. Atraiu ela com uma história de doença, se fez de coitado até conseguir a atenção dela e ficar sozinho com ela. Após isso, como você conhece a história, teve relação sexual com ela. E o mais grave de tudo, a Bíblia fala que após ele ficou com uma forte aversão a Tamar, aversão esta que era mais forte que a paixão que sentira.
Você conhece alguma história parecida com essa entre seus conhecidos? Talvez não tão violenta como esta.
Para você que está pensando em namorar, saiba que nem sempre você pode confiar que o sentimento de hoje de uma pessoa será verdadeiro até o fim, principalmente se o interesse for ao corpo. Quer melhor exemplo do que houve neste texto acima.

- Mas ele a amava ou não????

Cara eu creio que sim. Porém é um amor tipo Eros, um amor erótico. Antes de você ter uma idéia errada, vou tentar explicar este tipo de amor. Platão define amor (Eros) dizendo que você ama aquilo que você não possui, e no momento que tem, deixa de amar. Isso é um amor erótico ou platônico.

- Você ta me enrolando, não entendi nada.

Vou exemplificar para deixar mais claro. Isso é o mesmo quando você esta morrendo de fome, com vontade de ir numa churrascaria, fica esperando ansiosamente na fila e não vê à hora abençoada de chegar o almoço. Quando você senta a mesa, fica esperando aquela picanha que parece que nunca passa, começa beliscando um coraçãozinho, linguiçinha, até que enfim vem àquela preciosa picanha, uma delícia (como diria um amigo meu, é quase o céu antecipado). Você experimenta uma, duas, três... na sétima já vai meio arrastada, na décima vez que o garçom passa com a picanha você já nem consegue mais ver a carne na sua frente. Parece que perdeu aquela paixão. Acabou o amor.
Não entendeu. É o mesmo que ocorre quando você quer comprar um carro novo ou um Playstation novo. Você ama aquele carro ou aquele videogame até o momento de tê-lo, depois que tem você já não vê à hora de trocar pelo modelo novo.
Este é o amor platônico que hoje em dia é muito visto como sendo o motivo de novos relacionamentos e namoros. Este tipo de amor é muito fácil de ser abandonado, pois depois de ter aquilo que desejo deixo de amar.
Infelizmente vemos muitos relacionamentos deste tipo mesmo dentro das nossas igrejas. De pessoas que vão atrás de relacionamentos esperando algo embasado naquilo que vejo e desejo da outra pessoa, principalmente no físico. Tem muitas pessoas (tanto meninos como meninas) que chegam com a falsa ilusão de um amor tremendo, até mesmo doentio, com necessidade de ter o amor do seu (sua) amado (a), que após a conquista dela acaba deixando a mesma, pois agora já consegui o que queria e já deixei de amar.
Por isso minha amada irmã e meu amado irmão, não se deixem enganar pelas armadilhas deste mundo. Guarde-se para seu companheiro até o casamento, aproveite o namoro para conhecer melhor um ao outro, tenham momentos de oração juntos, conversem bastante, tenham momentos familiares juntos, convivam com as famílias uns dos outros; aprendam a serem mais do que amigos.

Continua...
AUTOR: Anderson Caum

Nenhum comentário:

Postar um comentário